Quarta-feira, 1 de Junho de 2005
![capt.sge.sww17.260505203306.photo00.photo.default-377x279[1].jpg](http://agualisa2.blogs.sapo.pt/arquivo/capt.sge.sww17.260505203306.photo00.photo.default-377x279[1].jpg)
Leio:
Destacarei três frentes particularmente interpeladoras que apelam ao testemunho dos cristãos.
A nossa profecia cívica deve levar-nos a acabar com o sorriso cúmplice, diante dos «ladinos» que fogem ao dever de pagar impostos e ainda por cima se gabam da sua «esperteza». A ilegalidade, mesmo que menor, não pode ser vista como uma acção eticamente anódina, pois acaba por impor uma sociedade onde a única regra é a afirmação daqueles que não têm escrúpulos.
Também o mundo do trabalho profissional precisa de ser questionado. Se se deve denunciar com veemência a exploração dos trabalhadores, é também necessário defender que os direitos inerentes a uma actividade profissional não se podem divorciar dos correlativos deveres de honestidade e dedicação, particularmente no actual contexto em que os desafios da produtividade e da qualidade são decisivos para a saída da crise económica.
O mesmo se diga do campo da urgência da evangelização da sexualidade. A dimensão do fenómeno da pedofilia e doutras perversões deveria levar-nos a perguntar em que medida não seremos coniventes com o actual clima de erotização global que diariamente entra em nossas casas. As novas tecnologias da informação, designadamente a Internet, estão a ser utilizadas, com o nosso silêncio e porventura com a nossa conivência, para incitar a uma visão desresponsabilizada da sexualidade. Impõe-se cultivar um distanciamento crítico dessas armadilhas do hedonismo, através de uma educação testemunhal que ajude à formação de hábitos mais favoráveis a um desenvolvimento harmonioso da pessoa humana.E julgo que percebi quase tudo. Mas fico à espera que o
Manuel António Ribeiro nos explique, não precisando de cair nas armadilhas do hedonismo, como se faz a tal
educação testemunhal na
evangelização da sexualidade. Porque, com a Igreja que temos, a que anda por aí e diariamente entra em nossas casas, a inspiração parece escassear.