Quinta-feira, 24 de Março de 2005

ASTÚRIAS

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Astúrias? Onde fica isso? Em Espanha? É isso. Terra de gente valente e dura, habituada a revolver a terra para lhe sacar minério e a deitar redes ao mar, entalada entre bascos e galegos, com paisagem a servir de guardanapo ao Cantábrico no banquete da natureza ibérica. Vale!

(Por causa das Astúrias, o blogue segue dentro de dias. O máximo de dias que é possível. Poucos. Mais dia menos dia, uma semana. Que há muito a espero como santa. Coño!)



publicado por João Tunes às 23:58
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BOA NOTÍCIA

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A de que o candidato pelo PS à presidência da Câmara Municipal de Lisboa é Manuel Maria Carrilho.

É para ganhar!



publicado por João Tunes às 12:41
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ABAIXO A BUROCRACIA

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Segundo leio, a blogosfera fornece mais um elemento para a causa pública. Desta vez, é a blogger Maria Manuel Leitão Marques
que vai presidir à unidade de desburocratização e modernização da administração pública.

Se há causa que é nossa é o combate à burocracia. Assim, bom trabalho, cara blogocompnaheira.


publicado por João Tunes às 12:35
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FNAC

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Um cliente que se sente enganado.

publicado por João Tunes às 12:23
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NOVA CHINA

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Onde já vai a antiga e emblemática austeridade à Mao? Desde que o capitalismo foi adoptado como via de construção do socialismo e estrada para a igualdade comunista, que a China vai mudando profundamente, até nos hábitos e nos costumes. Ali, parece que a única coisa que não muda é o monopartidarismo e o desrespeito pelos direitos humanos. Em tudo o resto, a palavra de ordem é pela mudança.

A imagem, do último Congresso dos Deputados do Povo, realizado recentemente em Pequim, diz muito da nova China. E pelos rostos dos deputados, eles gostam mesmo da mudança. Tratam-se bem e são bem tratados, pudera.



publicado por João Tunes às 12:17
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FRATERNIDADE FRANCO-ALEMÃ

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A relação franco-alemã é daquelas que qualquer europeu mira sempre com os olhos bem abertos. Não vá o diabo tecê-las. São duas potências complexadas e, quando assim é, convém que estejam calmas e não desatinem. Há até quem entenda que se existe União Europeia é mais para manter os dois Estados sentados um ao lado do outro do que para outra coisa. Com a vantagem acrescida de que enquanto Alemanha e França ocupam o tempo todo a gerir e repartir a supremacia na UE, a França fica sem tempo para embirrar com a Inglaterra e vice-versa. E, diga-se, visto deste ângulo, que a mezinha até nem tem resultado mal. Com o contra não pequeno de que o resto da Europa é mais paisagem e plateia que outra coisa. Mas a realidade é o que é.

É bom para a Europa que Alemanha e França se entendam. Certo. Certíssimo. Mas, olhando para a imagem, também não é preciso tanto exagero de amizade. Bolas, até parece que são dois irmãos do peito. É que quando os amores são demasiado efusivos entre os ricos, o pobre desconfia. Não é?



publicado por João Tunes às 12:05
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Quarta-feira, 23 de Março de 2005

JÁ CHEGOU A PRIMAVERA?

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Parece que sim. Distraí-me, não dei por isso. Então, boa primavera.

publicado por João Tunes às 00:56
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OS JORNALINHOS DOS TRANSPORTES CANSADOS (2)

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Num post anterior falei sobre os jornalinhos que agora se usam para distribuição gratuita nos grandes nós de transportes urbanos e suburbanos (casos do “destak” e do “metro”).

Por hoje, não meto mais lenha na discussão sobre se estes jornalinhos educam ou inducam os citadinos para o hábito da leitura e os impulsionam para outras leituras. Fica para outro dia, se calhar.

Regresso ao tema para referir um factor associado a esta distribuição em massa de papel e que veio agravar, e muito, o que já acontecia com a distribuição episódica de prospectos publicitários e propaganda partidária e sindical – o rasto de enorme lixarada com que as estações e as carruagens ficam inundadas após o lê e deita fora. Mas dado o carácter massivo e sistemático como os jornalinhos são impingidos, o espectáculo diário nas estações é impressionante.

Repare-se que o “destak” e o “metro” vão parar às mãos dos passageiros através de meios de eficácia profissional – entrega em mão por jovens contratados e receptáculos específicos e apelativos para o seu levantamento. Ou seja, utilizam-se meios expeditos, práticos, eficazes e profissionais, para que a “mensagem” chegue às mãos e aos olhos do consumidor-alvo. A partir daqui, no pós-leitura, a resolução da poluição papeleira já é problema do próprio consumidor e não da empresa emissora dos jornalinhos. Ele, consumidor, que se desenrasque ou enrasque os serviços de limpeza das transportadoras. E como não há estruturas montadas nas estações para a recolha de tanta papelada e muito português usa o chão para mais que assentar os pés, é uma desgraça ver tanta e tão concentrada exibição de lixo, numa triste imagem do nosso comportamento cívico.

Ou as empresas distribuidoras dos jornalinhos montam estruturas de recolha após leitura ou asseguram mais uns postos de trabalho para apanhar o papelame que “metem nas mãos” dos passageiros. Porque, por regra, o português guarda o que paga. O que é oferecido, é apetecido mas desvalorizado, logo: deita-se para o chão. Além do efeito da lixarada, custa ver tanta literatura desperdiçada. Fica o alerta à atenção dos responsáveis por esta especialidade de jornalismo gratuito.









publicado por João Tunes às 00:50
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Terça-feira, 22 de Março de 2005

MADRID MAIS LIMPA (2)

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Um comentador (Alex) de um post aqui colocado sobre a retirada da última estátua de Franco de uma praça de Madrid, opinou assim:

“Franco faz parte da História de Espanha, concorde-se ou não com a figura. Nada resolve esconder um passado.”

Este comentário questiona o acto de anular os vestígios monumentais ou toponímicos dedicados à exaltação do ditador ou das celebrações ditatoriais, depois de se dar a transição de um regime ditatorial para a democracia. Uma polémica sobre o mesmo tema tivemo-la aqui, entre portas, a seguir ao 25 de Abril de 1974 (sobre a mudança de designação da ponte sobre o Tejo, retirada de estátuas de Salazar e Carmona, etc). E volta e meia, os pruridos, sob o verniz da isenção e procurando abrigo do manto da História, voltam à tona. Umas vezes, o argumento é uma exibição de ingenuidade. Outras, não passa de suspiros dos nostálgicos da ditadura.

Entrando pela História mesmo, convém assinalar vários dados sobre o comemorativismo ditatorial que as ditaduras derrotadas legam aos sucessores:

1º) Os cultos dos ditadores (e não há ditador que não manche as mãos de sangue e as não tenha musculadas pela ginástica de esganar a liberdade) e das ditaduras são sempre actos de violência e agressão públicas, na exacta medida em que pretendem celebrar a subjugação de um povo e dar sinal da sua eternização. Cumprindo duas funções – servir de culto à minoria de apoio à ditadura e funcionar como símbolo castrador dos subjugados. As estátuas e toponímias espalhadas por toda a Espanha de culto ao Generalíssimo eram uma forma violenta e pública de propagandear perante o povo espanhol que o fascismo espanhol seria eterno, ou seja, a democracia tinha morrido em Espanha para sempre. Ali como, noutros lugares, com Hitler, Mussolini, Salazar, Lenine, Estaline, Dimitrov, Kim Il Sung, etc, ao serviço de outros géneros de fascismos ou aos seus simétricos.

2º) Com a instauração das ditaduras, as alterações toponímicas fazem-se por substituições que anulem a memória anterior de factos e figuras do passado que não seja integrado propagandisticamente no ideário autoritário. E, nisso, são implacáveis e estão nos primeiros actos públicos de afirmação ditatorial. Assim, uma grande parte do memorialismo que as ditaduras deixam como herança, ele não é original, existiu antes uma outra memória que foi apagada e substituída. No caso de Espanha, constou dos primeiros actos de ocupação fascista de qualquer localidade (desde as grandes cidades aos pueblos) a substituição pelos falangistas da designação da rua que celebrava a implantação da República Espanhola passando-a para “Calle Generalíssimo”. E a seguir tudo era substituído que referisse figuras da cultura e da política democrática, colocando-se no seu lugar designações de dignatários fascistas, feitos franquistas ou alusões religiosas católico-romanas. A razia foi de tal monta que, só não era toponímia ou monumentalidade fascista, o que remetesse para o passado da Espanha Imperial (Reis, Batalhas, El Cid, Cardeais), ou seja, aquilo que se integrasse numa ideia de falsa continuidade histórica desde os Reis Católicos até Franco, anulando qualquer vestígio que supusesse que Espanha tinha tido uma República e uma democracia e homens de cultura que não se tinham ajoelhado ao reaccionarismo hispânico.

Não há, pois, qualquer legitimidade que sustente a manutenção memorialista ditatorial de expressão pública, quando a democracia se instala ou regressa. Resta o argumento do facto consumado quando os factos foram impostos pela força e em afronta a outras memórias, prolongando a agressão de afirmação violenta do poder ditatorial. Deixar permanecer em todas as localidades de Espanha a inevitável “Calle Generalíssimo” (e muitas ainda restam onde o poder local é exercido pelas alas mais direitistas-fascistóides do PP) e a também inevitável “Calle José António”, mais umas tantas Calles Legion Condor, mais os milhares de estátuas, bustos, medalhões e placas de celebração da vitória da ditadura de Franco, não é conservar a História mas sim perpetuar uma violência e uma manipulação histórica. E, neste sentido, uma agressão pública aos sentimentos democráticos, a negação aos espanhóis em conviverem com a verdade histórica, obrigando-os a eternizarem o convívio com o lixo da celebração da opressão. Por outro lado, todos sabemos que os monumentos que restavam e restam de evocações de Franco eram e são aproveitados pelos saudosistas franquistas para as suas arruaças de provocação ao regime democrático.

Mas concordo com o Alex que “Franco faz parte da História de Espanha” e que “nada resolve esconder um passado”. E deixe estar que os espanhóis não esquecem, apesar do tanto que foi feito para que isso acontecesse. A estatuária (e o resto da tralha glorificadora) de Franco terá o seu lugar em museus espanhóis dedicados ao seu sangrento regime. E se for avante a proposta do Juiz Garzón para a constituição de uma Comissão que averigúe os crimes do franquismo e responsabilize criminalmente os que cometeram actos de violência contra os direitos humanos e de propriedade ao abrigo da desordem franquista, ressarcindo as vítimas do franquismo, então, melhor que mil estátuas, Franco encontrará o devido lugar que merece na História de Espanha.

Entretanto, apetece-me mais que nunca passear em Madrid. Porque a sinto mais limpa, sem o lixo da violência e da opressão na agressão pública da exibição do assassino Franco a cavalo no poder. E, um dia destes, Santander também ficará mais higiénica - quando se libertar da estátua gémea que poluía Madrid e que por lá ainda sobra.

(na imagem, soldados franquistas, após conquistarem uma localidade que estava no poder dos republicanos, arrancam uma placa toponímica com a data da implantação da república espanhola para a substituírem por outra exaltando Franco)



















publicado por João Tunes às 23:51
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UFF...

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Cedo para ter uma ideia clara dos próximos tempos. Faltam dados. Sobretudo porque, nos últimos tempos, governar transformou-se num acto leviano de representar, traquinando. E, assim, o real estava a resvalar perigosamente para irreal. Saudável é a mensagem de vontade de resolução, acompanhada de descrição. Quando as coisas se clarificarem, cá estaremos.

De qualquer forma, uma nota positiva – temos governo. Aquilo deixou de ser uma montra de vaidades e de trapalhadas. Quem quiser, diga que é pouco. Eu digo que tornar respeitável (embora sempre criticável) a gestão da causa pública era o chão necessário para assentar os pés.

E o nível da oposição da direita parlamentar demonstrado na discussão do programa do governo é uma boa amostra para onde estávamos a caminhar. E a esquerda mesmo esquerda, sem o almejado poder de chantagem, até tem alguma graça de irreverência jovial que faz falta para animar a malta (em grande parte, por mérito do charme caviar da Ana Drago que compensa as trapalhices cansadas do Jerónimo) .





publicado por João Tunes às 12:30
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