
Sei como tu sabes. Sei como - mais tarde ou mais cedo - todos vamos sabendo, o que dói esse espanto de as nossas raízes irem-se indo na enxurrada seca da terra onde assentamos os pés, cultivamos os afectos e aprendemos a olhar o mundo. E como, desdentados de raízes, nos vamos sentindo a abanar como se uma brisa ligeira tivesse força de tempestade. Com a fatalidade imposta por desejo de tratar bem, o melhor que soubermos, os fios de seiva que nos vão sobrando. E sonhar, pensando num absurdo que nos amaine, por exemplo que, afinal, somos
imbondeiro feito gente, imitando a árvore da sabedoria no espetar as raízes contra o fundo azul.
Um beijo para ti,
minha amiga, minha irmã.
De Joo a 8 de Maio de 2005 às 23:36
Gostei da imagem do infinito no finito. Beijo, outro.
Um abraço infinito, como infinito poderá ser o tempo de uma vida, se o quisermos.
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