
Se a 13 de Maio não vou à Cova da Iria, a culpa não é minha. Eu até queria ir na esperança sei lá se matada de ver Ratzinger (perdão, Bento) dar o anel da mão a beijar ao Sócrates como sinal de anuência pontifícia ao convite para visita ao nosso País, pobre mas em vias de se tornar
tecnológico. Antes que seja tarde e a
tecnologia nos virtualize as penitências, rezando-se o terço pela net. Eu iria à Cova da Iria, não como católico porque não o sou. Também não ia por ir, isso não. Mas por dever, quem sabe se a purgar asneira de ter metido um papel com uma cruz (quem sabe se o problema está na "cruz do voto") a dar Maioria Absoluta a um governo que eu queria a governar e não a beijar anéis papais - os anéis da submissão das mulheres, os anéis da Sida, os anéis que levantam o golpe teocrático-catolicista em Timor, os anéis que cheiram a Cerejeira, os anéis que deram bençãos aos fascismos para poderem amaldiçoar os seus simétricos (e tão, tão parecidos), os anéis que escolheram Salazar, Franco e Pinochet mas não Estaline nem o que a ele cheirasse não por uma questão de decência mas apenas porque uns usavam a marca do crucifixo e o outro, o belzebú, vendia foices e martelos, afinal os velhos anéis do Santo Ofício.
Estava tudo programado. Passava por Almeirim para cravar almoço, dava dois dedos de conversa como paga, feito Frade do cravanço de
pedra na sopa, encorpava energias, calçava os ténis para a desbunda pedreste e ainda iria chegar a tempo de espreitar a azinheira antes que a
Sony dela se aproprie.
O Frei de Almeirim não pode atender um pobre e gasto frade em tal dia. No dia. Paciência. Fica adiado, o cravanço, para a véspera. Quanto à Cova de Iria, não esqueço que dá azar comemorar o quer que seja na véspera. Para o ano, veremos. Assim se aguentem a azinheira, Sócrates e Bento (perdão, Ratzinger). Ao Frei de Almeirim é que não poupo já, tarde ou cedo, a comezaina de palavras trocadas.
De
mfc a 6 de Maio de 2005 às 16:55
Vês? Agora queixas-te...
Só o Ti Mário lá não foi à desbunda!
Se o Sampaio foi... este também pode ir!
De
Frei a 6 de Maio de 2005 às 11:45
Desço ao mundo terreno para teologicamente esclarecer: nem tudo o que o parece é pecado. Há que analisar bem, repetir, reflectir, umas vergastadas para aclarar o espírito, provar bem para que não haja enganos de sabor. Decidir sobre 'o' pecado é tarefa complexa, até para graduar a sua penitência; sevício a alma e martirizo o corpo nesta pesquisa. Até lá... orare, orare mucho...
De IO a 6 de Maio de 2005 às 11:37
lol
De Joo a 6 de Maio de 2005 às 10:38
Ui, que sovina nas penitências!!!
De
Carlos a 5 de Maio de 2005 às 22:55
Safei-me bem... senão ainda me calhava também a caminhada, penitência agravada pela beata companhia. Assim, antecipei a data do repasto da sopa de feijocas com pedra, que o JT desmoerá na sua peregrinação, mas a solo. Eu e o Frei vemos pela tv, com zapping a canais de bolinha para elucidação sobre as novidades do pecado. Diz o frade que é preciso estar actualizado, quem sou eu para desmentir um técnico ajuramentado...
Comentar post