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Num post intitulado
A colónia do Vaticano,
Vital Moreira diz:
Em Timor a Igreja Católica, com os bispos à frente, lançou uma ofensiva de rua contra o Governo, exigindo a manutenção do ensino obrigatório da religião católica nas escolas públicas e a cargo do Estado. Apesar de a Constituição estabelecer a separação entre as igrejas e o Estado e não reconhecer nenhum privilégio à Igreja católica, esta não abdica de parasitar o Estado e de colocá-lo ao seu serviço. Onde pode, a Igreja Católica instrumentaliza o poder público.Concordo com
VM e acrescento: não era nada que não se esperasse (a explosão do fundamentalismo católico em terras timorenses).
Por regra, a Igreja quando se encosta a uma causa, obtendo disso prestígio, irá, mais tarde ou mais cedo, procurar privilégios de totalitarismo de Fé. As sotainas raramente evangelizam à borla. Sobretudo se houver martírio ou alucinações de pastorinhos pelo meio. E medos, os tremendos medos humanos, a rentabilizar. Não julgo que seja por mal, mas apenas pela genética totalitária que lhe está na massa da história. Talvez, por esta mesmíssima marca, é que o Vaticano tão bem soube entender e derrotar um totalitarismo rival (e tanto contemporizou, ou pecou por omissão, com os totalitarismos amigos o nazismo e as modalidades de fascismo).
O martírio de Santa Cruz, a nobelização de Ximenes, o fervor católico como refúgio de esperança dos timorenses deserdados da dignidade (que Portugal oportunisticamente aproveitou com o uso do sempre oportuno Melícias), o branco vestido e estendido pelos remorsos carpideiros da antiga potência colonial quando encontrou um outro demónio a quem se transferissem culpas, foram ases que entraram nas cartas clericais desse jovem e pobre Estado. Para se jogarem mais tarde, com a batota óbvia mas escondida de quem tem mais ases que naipes.
Enfim libertos das opressões portuguesa e indonésia, os timorenses têm precariedade de meios para se libertarem de outras cangas mais. De olho vivo e terço afiado, lá está o fundamentalismo católico a cobrar a identificação construída de Timor com
uma Fé a pretensamente Única. Resta-me acreditar mais - mera esperança voluntarista - no poder de libertação de um povo que no poder de domínio dos exclusivistas. Mas, confesso, acredito por acreditar, iludindo-me no esquecimento da força da razão da força.
De Joo a 21 de Abril de 2005 às 23:53
O Estado timorense, segundo a Constituição em vigor, é um Estado Laico. Não existe é, por parte da Igreja, vontade de abdicar do fundamentalismo adquirido. Ali, temos uma Igreja subversiva, portanto: Abaixo a Igreja subversiva!
De IO a 21 de Abril de 2005 às 22:41
Por um Estado Laico!
De
Werewolf a 21 de Abril de 2005 às 18:30
Aí está mais uma porta para combater a "ditadura relativista" quantas mais se abrirão?. Abraço
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