Raúl Rivero, cubano, jornalista e poeta, um dos presos de Castro mais incómodos para a ditadura cubana, veio viver para Espanha na companhia da sua mulher. Foi recebido por Zapatero a quem agradeceu o muito que fez pela sua libertação.
Espero que Raúl Rivero use a liberdade que lhe foi negada no seu País para agora escrever sem machado a tentar cortar-lhe a raiz às palavras. Digo-o, fiando-me na esperança (ou ilusão) que a auto-censura não tomará o lugar da censura dos esbirros da Ilha-Prisão-Praia. Mas fica-me a dúvida sobre se alguém de um País aprisionado numa ditadura consegue ser verdadeiramente livre a viver numa
liberdade emprestada. Oxalá Raúl Rivero nunca esqueça que não deve só a sua libertação e
direito ao exílio a Zapatero e não queira pagar o que lhe deve com o compromisso do silêncio.
Por mim, com Rivero ou sem Rivero, Rivero a falar ou Rivero calado, fico feliz por Rivero ter agora o acolhimento de Espanha democrática no lugar das masmorras castristas, mas não esqueço, não posso esquecer, as dezenas de jornalistas e outros presos de consciência que continuam a penar devido ao ódio paranóico de Fidel Castro à liberdade.
Adenda: A não perder a leitura
desta transcrição de notícia no Fumaças.