Domingo, 3 de Abril de 2005
![fnac[1].jpg](http://agualisa2.blogs.sapo.pt/arquivo/fnac[1].jpg)
Pensava eu, em laica ignorância, que ser eleitor e ser elegível para Papa eram privilégios de Cardeal. Afinal, só o primeiro dos privilégios é verdadeiro. Pode ser eleito Papa um não Cardeal um bispo, um padre ou até alguém que nem sequer seja sacerdote (nesse caso, seria ordenado no dia da eleição).
Assim sendo, está em aberto a oportunidade de um grande sinal de modernidade da Igreja Católica ao mundo - uma perestroika a pedir meças à da implosão do
socialismo real -: os senhores Cardeais elegerem, para próximo(a) Papa, uma negra lésbica (e católica devota, é claro). Seria um
três em
um - punha-se termo à descriminação da mulher no seio da Igreja Católica, mostrava-se a rejeição pelo racismo e dava-se sinal positivo à liberdade perante a orientação sexual. O mundo ficaria mais arejado e a Igreja ganhava, pelo menos, mais um crente (porque até nem sou de difícil conversão). Problema ou oportunidade?
De Joo a 5 de Abril de 2005 às 11:37
A th é uma extremista (trotskista talvez...)! Eu sou mais modesto: step by step.
De
th a 5 de Abril de 2005 às 01:56
Mulher, negra e lésbica...hum, 3 em uma...hum!
eu aposto mais em 5 em uma, a saber:mulher, negra,lésbica, sul-americana e jovem!
De Joo a 3 de Abril de 2005 às 18:41
Caro Werewolf, eu não sou munícipe da CML. A "minha" Câmara é a do Seixal. O que não representa menos respeito para com a Câmara de Lisboa. Sempre é a Capital! (e acho normal que qualquer País tenha uma Capital). Obrigado pelas tuas palavras de amizade e incentivo. Abraço.
De
Werewolf a 3 de Abril de 2005 às 10:47
Viva João, estás de volta e mordaz como sempre. É bom voltar a ler os teus artigos e contar com o teu convívio. Post interessante, santa ignorância, eu também pensava que só os cardeais e alguns bispos podiam ser eleitos Papa, se é como dizes ora está uma possibilidade única de modernização da Igreja para o século XXI, seguindo as pisadas do nosso ex-primeiro (infelizmente tu ainda o tens que aturar na câmara de Lisboa) talvez até o conclave devesse ser feito por teleconferência e o Vaticano deveria mudar todos os anos para uma qualquer cidade em qualquer parte do mundo.
Abraço e bem vindo João
Eu não sou religioso, simplesmente porque se a religião existe não sei qual religião hei-de escolher, além disso pode muito bem não existir, a chave do conhecimento pode estar longe de ser descoberta; a religião é apenas a forma mais fácil de responder às perguntas que toda a gente faz mas que ninguém sabe a resposta.
Mesmo assim achei que devia comentar este post porque acho que em tudo, seja na religião, na política ou em qualquer outra coisa, o seu "presidente" deve ser, não o mais polémico (neste caso a lésbica negra), mas sim o melhor. Em todo o Mundo não deverão existir muitas lésbicas negras que façam parte da igreja católica, por isso deve ser muito difícil que, num nicho tão pequeno, seja encontrado(a) o(a) Papa ideal.
Isto é como um maluco se candaditar a Presidente da República e toda a gente votar nele só porque ele passou uma vida muito díficil e porque temos pena dele (pronto, também não cheguemos tão longe...).
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