Terça-feira, 15 de Março de 2005
![quartier_latin[1].jpg](http://agualisa2.blogs.sapo.pt/arquivo/quartier_latin[1].jpg)
Eu sei que acumulo carga de o detestar, se assim se pode chamar muitos anos a recusar lê-lo. Eu sei que é pior. Foi ópio. Pois foi. Mas não perdeu pela demora. Depois da ressaca, veio a bonança. Até me justifico dizendo que o li na melhor fase. Na fase adulta, como sói dizer-se.
Se isso serve de atenuante, direi que o sacana do Sartre nunca me levou à certa. Nem ele nem a vestal Simone que jogou com ele o sado-masoquismo. E porque andaram, feitos
ginjas, a imitarem os putos do
Quartier Latin. Daí nunca terem passado de pedófilos do pensamento e da acção.
Pois o Raymond teve razão. Antes de tempo, mas razão. Por isso, em vez de assumir a efeméride, limito-me a saudar a
efeméride registada no Fumaças que tem direitos de antiguidade intelectual. Humildade democrática, é o que é. Mais bem dito: preciosismo de um sub-aluga da blogosfera.
De Joo a 17 de Março de 2005 às 01:02
Os putos merecem todas as vidas e todos os vivas. O mesmo não digo dos ginjas a imitar os putos e a puxá-los de trela. E os adultos, quando não ginjas, têm a graça toda. Toma!
De TD a 16 de Março de 2005 às 17:04
VIVAM OS PUTOS!, os adultos não têm graça nenhuma...
De Joo a 16 de Março de 2005 às 14:59
Vá-se lá saber o que lemos de mais e de menos e no tempo devido. Não podemos, nem conseguimos, ler tudo o que devemos ler. Muito menos no tempo certo. Mas como a vida não está (só) nos livros, cá nos vamos fazendo. Porque no meio das dúvidas e das certezas, vamos dando conta das nossas contas. Index é que não. E que eu quiz com este post foi apenas purgar um pouco do meu index (provavelmente, parindo outro). Beijo, amiga Guida.
Nunca li o Aron, mas por influência tua ;) "papei" o Sarte... e não fiquei cliente!
Beijão.
De pedro silva a 16 de Março de 2005 às 08:28
Assim se mente deliberadamente a respeito das História: Aron não teve razão antes do tempo. Teve razão, tanta quanto a tiveram também, centenas senão milhares de outros intelectuais do seu tempo. É que Arthur Koestler já havia escrito o zero e o infinito, e Churchill já havia escrito e falado sobre o sinistro conúbio entre o "camarada Trotsky e o Dr. Goebels". Quem não teve razão nehuma,nem antes nem depois do tempo, foram aqules que defenderam até ao fim, a violência organizada que era o totalitarismo soviético (morto que estava o irmão gémeo, o totalitarismo nacional-socialista).
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