![franco[1].jpg](http://agualisa2.blogs.sapo.pt/arquivo/franco[1].jpg)
Bem tentaram assassinar a memória aos espanhóis. Como moeda de troca para passarem à democracia sem dor. Davam-lhes a liberdade mas apagavam-se os quarenta anos de franquismo. 1975 seria o
ano zero. Franco seria uma névoa que tinha passado e deixado um Rei plantado no trono.
Arriba!Os democratas com medo da bernarda que sobrasse das contas a saldar, disseram sim. E o franquismo e os franquistas enfiaram-se nas novas instituições e em novos partidos, envernizados de neo-democratas.
Arriba!(Mas uma memória, mesmo ferida e a sangrar, custa a morrer. Porque há os insepultos, as feridas abertas dos desonrados que foram assassinados, torturados e encurralados por terem tentado salvar a honra, mais o direito de todos os povos à sua história.)Mais tarde ou mais cedo, a memória voltaria ao lugar de onde nunca devia ter saído. Garzón, o juiz espanhol de grandes causas, exige o apuramento dos crimes de Franco e dos
crimes contra a humanidade cometidos por ele, por seu mando e em seu nome, através da constituição de uma
Comissão de Verdade. E não fazia qualquer sentido de coerência que, como espanhol, Garzón fosse o homem que tudo fez para levar Pinochet a Tribunal e deixasse o seu
pinochet doméstico (e inspirador do outro, o chileno) impune na memória histórica.
Arriba!